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Cearense tem coleção de carros com mais de 50 jipes

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Egídio ainda dirige o primeiro jipe de sua coleção, o 1951 (FOTO: Hayanne Narlla)

Egídio ainda dirige o primeiro jipe de sua coleção, o 1951 (FOTO: Hayanne Narlla)

Sorriso estampado no rosto e uma blusa com o nome de seu galpão bordado. O comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda mais de 50 jipes, entre outras relíquias. A visita que duraria apenas 30 minutos se expandiu para mais que o dobro do tempo. Dentre as preciosidades preservadas pelo colecionador, estão lembranças de uma infância não muito distante e detalhes que dão prazer de relembrar.

“Puxa, mas o senhor ainda tem isso?” A surpresa é recorrente quando Egídio mostra tudo o que guarda. São telefones, celulares, rádios, chaveiros e até latinhas de refrigerantes. Mas o que mais chama atenção são as dezenas de carros restaurados. O primeiro de sua coleção, o Jeap 1951, foi comprado em 1984. “Eu me sinto bem dentro de jipe”, garante.

Durante o passeio pelas relíquias, Egídio confessa que não entende o porquê de ter iniciado a coleção. “Pode até ser um distúrbio, pode ser uma anomalia, um trauma de quando você via e não podia ter. E você um dia bota aquilo na cabeça: quando eu puder eu vou conseguir aquilo ali”, arrisca.

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Amor platônico

Durante a infância, na década de 1950, Egídio brincava de descobrir coisas. De origem humilde, desmanchava objetos para recriar outros. Um dia, tentou refazer uma bicicleta pegando peça por peça. Foi crescendo e, já na idade da primeira paixão, se encantou por carros, especialmente os jipes. As dificuldades financeiras o afastavam de seu amor, até então, platônico. Após cerca de 50 anos, o comerciante realizou o sonho de quando ainda era criança. Hoje, é dono do Galpão 51, que foi aberto ao público oficialmente em 2001.

Nem Egídio sabe o total de jipes que tem. Eles são mais de 50 (FOTO: Hayanne Narlla)

Nem Egídio sabe o total de jipes que tem. Eles são mais de 50 (FOTO: Hayanne Narlla)

No bairro onde morava (o Pici), o menino observava a existência de apenas três carros, sendo um jipe. Com o tempo, o pai acabou adquirindo o modelo, que passou a ser usado por toda a família e por qualquer motivo. “Pela falta de estrada e pela dificuldade que tinha para se locomover, ele [o pai] adquiriu um jipe. De madrugada chamavam para levar uma mulher para o hospital, ganhar neném, e a criança nascia dentro do jipe”, relembra.

Devido aos problemas financeiros, o pai vendeu o carro. Mas o encantamento pelo veículo continuou no colecionador. Por gostar de mecânica, Egídio fez engenharia e, ainda universitário, comprou um jipe. Mais uma vez, a falta de dinheiro foi um empecilho e novamente teve que dar “tchau” para o carro.

Após casar e ter um filho, na tentativa de melhorar de vida, o colecionador foi para Teresina (PI) e, novamente, comprou um jipe modelo 1951. Dessa vez, ele tinha vindo para ficar. Com o apoio da família, continuou a comprar modelos do carro, chegando a montar o galpão já em Fortaleza.

Acervo

Egídio gosta de guardar objetos, tocá-los e restaurá-los, principalmente aqueles que fizeram parte de sua juventude humilde. “As pessoas jogam tudo fora. Tudo é sucata. Talvez eu seja um sucateiro, que é carente de história por não ter possuído o objeto na época certa, mas sabe da serventia e do valor que tem aquilo ali. Eu admiro o passado”, reflete.

Por isso, ele guarda medalhas dos filhos na época da escola, além dos carrinhos de brinquedo dos netos. Foi aí que a vontade de colecionar também miniaturas de carros surgiu. Atualmente, ele possui centenas de carrinhos, incluindo vários jipes.

Curiosidade

Não. O Galpão 51 não tem esse nome somente pelo fato do primeiro jipe adquirido por Egídio ser o modelo de 1951. Na verdade, até o modelo escolhido pelo colecionador é inspirado no número do ano em que nasceu. “Botei na cabeça que tudo que foi feito em 51 é bom”.

Serviço

O Galpão 51 fica na Rua Padre Lucas Nascimento, 223, em Aquiraz. Ele fica aberto para visitas aos domingos, das 10h às 16h. A entrada é gratuita. O telefone para contato (85) 3281-3333.

Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla) Comerciante Egídio Pelúcio abriu as portas do Galpão 51, onde guarda relíquias (FOTO: Hayanne Narlla)

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